Clévia Paz
VARAL DE NOTÍCIAS
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Rádio Comunitária Rainha FM, da cidade de Itabaiana, Paraíba, já é a coqueluche da cidade por manter estreita ligação com os ouvintes e prestigiar os
Wagner Lins, radialista Clévia Paz e o músico Jonatas
Com menos de um ano de funcionamento, a Rádio Comunitária Rainha FM, da cidade de Itabaiana, Paraíba, já é a coqueluche da cidade por manter estreita ligação com os ouvintes e prestigiar os artistas da terra. Como exemplo, temos o poeta, cantor e compositor Wagner Lins, cujas músicas tocam regularmente na programação da Rainha FM. Eis algumas manifestações dos ouvintes:
“Nunca na minha vida pensei que ainda iria escutar boa música em rádio, mas uma certa manhã, ouvindo a rádio comunitária Rainha, escutei uma linda voz acompanhada de uma belíssima melodia. Era um rapaz que já me serviu como garçom e para minha surpresa revela-se um ótimo cantor: Wagner Lins (Norma).
“Wagner, estou torcendo pra que você consiga logo a gravação do seu CD, que Deus te guie”. (Norma).
“Simpatia deveria ser o nome de Wagner Lins. O cara é muito simpático e boa gente, além de ser um fenômeno cantando”. (Lucas).
“Sou cantor de brega da cidade há mais de 10 anos e sinceramente, tenho que admitir: esse tal de Wagner é muito bom mesmo! Parabéns, cara, e boa sorte na sua carreira”. (Galego do Brega).
“Talento em itabaiana é o que não falta. Conheci um cara que é um cantor e compositor que trabalha numa lanchonete. Wagner é gente fina, parabéns”. (Michael).
“Vocês precisam conhecer o Ponto de Cultura da nossa cidade. É o máximo. Lá está o Wagner Lins pra nos receber e também o artista plástico Diego e tantos outros. O local é lindo e bem central. Adorei”. (Adriana de Souza).
Comentários publicados no blog “Itabaiana Hoje”. É como bem diz o grande músico brasileiro Francis Hime: “as estações de rádio deveriam mostrar a diversidade de nossa música. O que se toca nas rádios comerciais é um absurdo. Pelo menos as rádios deveriam mostrar os dois lados da moeda, dando espaço à boa música e às coisas que não têm qualidade, deixando as pessoas fazerem sua escolha”.
Itabaiana tem três projetos aprovados pelo Ministério da Cultura
A cidade de Itabaiana foi contemplada com a aprovação de três projetos culturais com patrocínio do Ministério da Cultura. O resultado saiu ontem, 15 de dezembro. Os projetos selecionados são “Rede Cidadã”, apresentado pela radialista Clévia Paz, “II Mostra da Diversidade Cultural do Vale do Paraíba”, da ONG Gayrreiros do Vale e “A Voz de Itabaiana e outras Vozes”, proposta de edição de livro de Fábio Mozart.
Ao todo, o Microprojetos Mais Cultura investirá R$ 13,5 milhões nos 11 estados que integram a região do semiárido – Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Pernambuco, Minas Gerais e Espírito Santo. O objetivo é promover a diversidade cultural por meio do fomento e incentivo aos artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais. As iniciativas a serem contempladas deverão beneficiar jovens de 17 a 29 anos residentes na região.
“Este é o primeiro edital do Ministério da Cultura específico para o semiárido, região de grande riqueza cultural, mas historicamente sem acesso a financiamento para pequenas produções”, destaca a secretária Silvana Meireles. “Com essa ação, por meio de parceria com governos estaduais e o Banco do Nordeste, estamos democratizando não só o acesso a crédito para apoiar múltiplas expressões culturais do semiárido, como promovendo acesso dos jovens e da população a bens e serviços culturais”, ressalta.
Na região do Vale do Paraíba, o projeto “Olhares sobre a feira livre de Salgado de São Feliz”, de autoria de José Flávio de Araújo Alves, também foi selecionado para receber o patrocínio.
Ter os projetos aprovados pelo Ministério da Cultura representa para os integrantes da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba uma resposta a tudo aquilo que a entidade representa no contexto artístico e cultural da cidade e região, declarou Fábio Mozart, presidente da associação cultural itabaianense.
Mulheres falam de sua atuação nas rádios comunitárias
“Meu nome é Clévia Paz, sou radialista e atuei também na Rádio Comunitária Vale do Paraíba, em Itabaiana.
Mulher no rádio é como se diz, empresta sua voz, sua capacidade de trabalho, mas não existe um espaço feminino, não tem programa de gênero. Mesmo porque em Itabaiana as mulheres são desorganizadas, não existe um grupo que proponha o debate sobre questões de gênero, sobre direitos da mulher.
Acredito que vamos continuar essa luta em nossa rádio web, do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, onde nós mulheres temos atuado de forma efetiva para dar voz às companheiras, aos movimentos sociais.
A gente sabe que historicamente, a mulher foi destinada a se relacionar no mundo privado. Ela é a rainha do lar, quer dizer, só apita em casa. Ela deve ficar em silêncio, assim falou a cultura machista. Enquanto isso, o homem dominou o universo do público, falando, se comunicando de todo jeito. A partir do instante em que a gente, enquanto mulher, assume sua condição de sujeito social, aí, a gente tem mais é que ocupar os espaços da comunicação. Nós, mulheres, precisamos contar nossa história, sair do silêncio, e o rádio é um instrumento ideal. Mas rádio democrático, que respeite as mulheres como sujeito social.”